Contradições

Ultimamente tenho tido sentimentos contraditórios a seu respeito.
Há momentos que eu te amo de uma forma pura e madura, que faz meu coração disparar cada vez que eu lembro do seu sorriso e do seus lábios me dizendo coisas que não deveria acreditar. Quando você me toca é como se o mundo lá fora parasse e todo aquele instante fosse único a ponto de eu implorar para ser eterno. Suas mãos percorrem cada centímetro de um corpo que é somente seu, mas você parece não se importar com isso e muito menos com o olhar de fascínio que lanço enquanto você me ama.
Toda sua rejeição transforma esse amor em um ódio que consome cada palavra doce que direciono a você. A vontade de destruir sua presença de minha mente torna-se maior do que a de te ver e te tocar a todo momento. O corpo grita por outros toques e outros prazeres. Grito desesperadamente por uma atenção que não me lembre você, para que tudo desapareça sem deixar vestígios de um amor que nunca deveria ter acontecido.
Essa mistura de amor e ódio tumultuam minha mente me deixando confusa, desequilibrada e sem forças. Ao mesmo tempo em que te quero me tocando e dizendo mentiras ao meu ouvido, eu lhe quero longe, rodeado pela solidão e sofrendo por ter me feito chorar inúmeras vezes.
Aguardo a hora certa. A hora em que um desses sentimentos será o mais forte, definindo se continuo acordando ao seu lado ou acompanhada de outras mentiras que sejam mais fáceis de mandar embora.