Tudo mudou, tudo mesmo. É tão estranho olhar pra trás e ver como o passado parece estar tão distante da minha ‘nova’ realidade.
Me martirizo por ter sido tão idiota em milhares de aspectos, isso inclui decisões, pessoas e eu.
Deveria ter decidido por mim em primeiro lugar, vivido o meu mundo e não um ou talvez dois alheios. O tempo passou e agora eu fico a chorar por sonhos não realizados e pelos perdidos. Eu perdi minha autoconfiança, meu carro, meu ‘lugar’, minha grana alta mensal e com isso meu amor próprio se foi.
Nossa como as coisas mudam não é? Agora que minha conta bancária tá negativa você faz questão de dizer o quanto de rios de dinheiro está ganhando e enche a boca pra dizer que agora é tudo na base da grana com você.
É, acho que eu sempre estive certa, mas agora vejo que essa certeza não é tão sólida. No mais te desejo todo o dinheiro do mundo, seja feliz e engula o termo ‘gananciosa’ que você pronunciou várias vezes.
Dinheiro não compra um monte de coisas, mas nos satisfaz e ajuda em quase todas. Enquanto eu tinha muito era rodeada de pessoas, agora essas pessoas desapareceram. Não há quase ninguém (pra não citar o ninguém sem acompanhamento do quase), então posso concluir que dinheiro ‘compra’ pessoas. Agora que não tenho muito, então não vou às compras humanais. Bizarro, mas verdadeiro!
Teve aquela pessoa também que dizia uma coisa e no fim se mostrou totalmente diferente. Hoje abomino tal ser, mas foi bom, aprendi a não confiar mais em ninguém que pensa ser inteligente e ter algum TP (siglas, eu amo elas). Isso significa que crianças (não só na idade de vida, mas mental também) estão fora da minha metragem de espaço.
Onde me encaixo nisso tudo? Nesse presente estranho não vejo espaço, talvez não pra mim, mas pra muita gente. Hoje prefiro morrer sozinha do que estar cercada por essa podridão do passado (sim, ainda me refiro aos humanos).