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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Manchas e Borrões

Em nossas vidas, há sempre um momento de choque, em que você se encontra com você em vários passados. E muita coisa que parecia ter se perdido a léguas de um esquecimento falso, voltam com força total. O desespero e as lágrimas são visíveis, mesmo com as gotas de chuva banhando meu corpo.
Sentada no meio de um nada, sinto todas as dores que jurei ter enterrado e mesmo que eu gritasse ninguém iria escutar, porque elas sempre foram apenas minhas.
Jurei que nunca mais elas iriam aparecer e me derrubar, mas a quem quero enganar? Não se apaga fatos e momentos traumatizantes de nossa mente como um brinquedo querido que acaba se quebrando as seus 8 anos de idade e logo em seguida é substituído e você esquece aquele episódio.
Traumas não são como as várias pessoas que passam por sua vida e que vocês juram que serão amigos para sempre, mas o tempo se encarrega de lhes separar, e no lugar fica apenas a saudade. Traumas são como doenças incuráveis, que você pode no máximo controlá-las, mas que sempre estarão lá lhe mostrando que estão te corroendo, matando aos poucos até o momento fatal.

Defronte com tantas imagens doloridas corro sem rumo, tentando fugir de tudo que camuflei, como se fosse aquela sujeira que você vai acumulando debaixo do tapete, mas chega uma hora que o montante é gigante e todo o seu trabalho acaba na inutilidade.
Nessa hora você percebe que o medo existe e que não adianta você se mostrar sempre forte, porque chegará o momento de confidenciar isso para o mundo. Não, eu não sou perfeita, eu não sou um muro de pedras e concreto. O meu sorriso cala tantas dores, tantos segredos, tantas marcas que acabam me sufocando.

Quero chorar sem parecer uma menina mimada e ridícula, quero contar o que me aflige, quero gritar. Não quero ser mais essa mentira camuflada em uma máscara de ‘perfeição’.
A chuva cessa, é hora de voltar pra casa e aguardar o que o dia de amanhã reserva para as feridas expostas novamente.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Presente Retorcido

Minha querida irmã,


Hoje acordei com uma imensa vontade de lhe escrever. Sei que estou em falta contigo a muito tempo. As visitas ficaram escassas e as cartas foram diminuindo com a mesma freqüência, mas sei que tudo isso não mudou sua rotina. Você tem o Antônio e seus dois príncipes para preencher seus dias, fora seu trabalho que é magnífico e os deveres de uma dona de casa.
Não pense que estou a reclamar, ou que eu esteja cobrando algumas visitas e cartas sem precisar da minha presença por meio destas duas. Não é isso, afinal nunca lhe cobrei nada desde que nos separamos. Você foi pra Flórida casar e constituir família e eu fiquei aqui com o destino que escolhi pra mim.
O motivo dessa carta, entre vários sentimentos, é a imensa saudade que bate a minha porta todos os dias, trazendo lembranças de um tempo que não retorna mais.

Durante essa semana retirei as velhas fotos do antigo baú que era de nossa mãe e você recusou a levar para sua nova casa. Cada imagem retratada em papeis fotográficos, amarelados pelo tempo trazia de volta à minha mente filmes longos acompanhados de risadas ou lágrimas.
As que mais tomaram meu tempo foram a do seu aniversario de 15 anos. Seu vestido era lindo para aquela época. Você toda sorridente e papai e mamãe todos orgulhosos. A imagem de seu vestido rodopiando na valsa parecia ter vida. Foi quando você conheceu Antônio lembra? Ah que pergunta idiota!
Quem diria que aquele rapaz tímido iria lhe levar ate ao altar, te roubar de mim e ajudar a presentear-me com dois lindos sobrinhos.

Queria ter algumas cópias do dia do seu casamento, mas você nunca as mandou, mas tudo bem sei que tens uma vida corrida. As melhores lembranças tenho guardadas em minha mente. Nossas idas e vindas da escola, os bailes, os namoradinhos e até nossas brigas.

Sei bem que você mal deve ter duas fotos minhas aí, por isso estou enviando uma juntamente com essa carta. Gostaria que você a colocasse em cima da lareira, é apenas um pedido de irmã. É a foto mais significativa pra mim, porque foi a última que tiramos, eu, você, mamãe e papai juntos, e está é única minha irmã, porque retrata o que um dia fomos: uma família!


De sua irmã querida!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Desabafo

FODAM-SE!!!!!! FODAM-SE!!!!!! FODAM-SE!!!!!! FODAM-SE!!!!!! FODAM-SE!!!!!!
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FODAM-SE!!!!!! FODAM-SE!!!!!! FODAM-SE!!!!!! FODAM-SE!!!!!! FODAM-SE!!!!!!

FODAM-SE, TODOS AQUELES QUE ME MAGOARAM E QUE ME DECEPCIONARAM!!
FODAM-SE AQUELES QUE ACHAM ALGUMA COISA A MEU RESPEITO SEM TER CERTEZA DE PORRA NENHUMA!!!
FODAM-SE MALDITOS HIPÓCRITAS!!!

Sei que é o post mais pobre e otário que fiz até hoje nesse blog, mas é o mais real de todas as palavras descritas aqui.
Eis o desabafo de uma humana, maldita humana!